terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Soluçar Palavras

-O que está fazendo?
-Sonhando
-Com o que?
-Com todos os momentos que passamos juntos e o maldito momento em que você ficou sozinho.
-Achei que já tivéssemos superado isso.
-E superamos, mas a gente não devia esquecer, nem ignorar.
-Sophia..
-Calma Pedro, nem me venha com as mesmas desculpas, nós viemos ver as estrelas não é?
-Sim, lindas não?
-Onde ela está? a que você disse que deu o meu nome,pra provar o que sente. E não me diga que é a mais brilhante, porque são todas iguais..
E ele apontou "sophia". E pela primeira vez, ele teve certeza eu o amava, mas teve medo de dizer. E ele percebeu que a amava e quis falar.
- Sophia, eu te amo
- Ama mesmo, ou só está dizendo isso porque é o que o momento mais romântico do nosso pseudorelacionamento?
-É verdade.
- É mesmo?
E Pedro não soube o que dizer, ela era tão eloquente em indagar, e ele quase acreditou no que ela dizia, e ela esperando ele dizer 'sim' e ele não disse, e o orgulho fazia de Sophia incapaz de dizer, é eu também, 'Eu te amo, Pedro'. E ele foi embora, pensando em tudo que sentia, e ela disse que não era sincero.
Ela ficou sozinha, sentada no banco da praça, e tocou ar, e forças, e gritou o mais alto que pode:
-Eu te amo, eu te amo muito, amo quando você beija meu pescoço, e amo quando você tira meus pés do chão, adoro quando parece se importar.
Ela gritou, a plenos pulmões, o mais alto que pôde, e não foi alto o bastante, Pedro já estava longe, ou talvez pensasse que não era real.
Ela ficou, soluçando as palavras que ela deveria ter dito quando podia, e ele foi embora achando que não a amava, porque ela não se importava, se era sincero, ou não.

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