sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Por vezes ela agiu por impulso, vezes por amor, agora estava sendo altruísta tentando ser egoísta, ela não queria sofrer(mais do que já estava sofrendo) e fazê-lo sofrer mais do que precisava.
Sim, ela estava estava terminando algo que nem deveria ter começado, e o fim, o fim foi triste, e o caminho, nem tão compensador.
Porque ela acabou se sentindo melhor, era ela de novo.
E ele, ela sabia o que ele sentia, e o quanto ele sofria, e não desejava que fosse assim, mas sabia..
Que por mais triste que fosse.. era o melhor modo..
Seriam felizes.. um sem outro.. seriam felizes..

sábado, 20 de fevereiro de 2010

'Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo...'

Eu disse isso pra mim ontem a noite.. Porque é fato, eu não tenho mais como, nem porque fugir..
Eu tenho que aceitar, o amor tá batendo na porta e eu não tenho pra onde correr. A não ser que eu queira de volta toda a promiscuidade da minha vida de tempos pueris..(Bons tempos remotos)
De volta aos tempos em que eu me perco, me entrego, caio, retorno, choro..
Mas sabe.. to começando a achar que o que tem pela estrada que leva ao fim.. por vezes.. até compensa..!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ela não pode dizer nada. É tão intensa e dramática. Ela se apaixonou apenas pra não se sentir vazia, se entregou em busca de atenção. Tentando esconder a realidade atrás de pupilas dilatadas. Irônico seria, se pra ela não houvesse amanhã. Como seria?
Tantas declarações a fazer, confissões, tantas coisas pra falar, desculpas a pedir. Ela nunca quis viver de verdade, se levar a sério.
O soar do relógio apavora, irrita e intimida. Toda sua vida pode desvanecer em cinzas, seu mundo cair em ruínas e seus sonhos em desgraça.
Ela derrama lágrimas corrosivas que antecipam a dor. Não seria tola ao ponto de continuar crendo em mentiras.
Sentada no canto do quarto com um livro na mão, derrubando mascaras e decifrando enigmas.
Ela queria fugir, viver no melhor estilo Junkie.
Brincando com lâminas,gatos pretos e espelhos trincados, ela encontrou sua sorte no azar.
Ela quis um mundo que não fosse assim tão imutável. Fugir com Alice, andar pela estrada de tijolos amarelos. Ter uma rosa como confidente, cativar raposas e admirar baobás.
Ela sempre teve que viver na incerteza, quis se impor. Ansiou ser livre.
E implorou para que não a mandassem crescer, ou mudar.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Eu queria chorar, é sério, eu tinha uma mentira pra quem eu não gostava de mentir, uma mentira que iria gerar confusão.. 'Porra Sophia!'
Era só o que conseguia pensar..
Que droga.. eu acho que não estava emocionalmente preparada pra nós dois, estava indo rápido demais, e poxa, eu nem gosto dele tanto assim..
Eu estava mentindo pra quem me deu a vida, estava alimentando o amor de quem fez de mim a sua vida, e tudo que eu sentia era medo, medo do fim. Talvez eu sofresse, ou não, talvez eu me sentisse livre, ou triste e inevitavelmente cruel..
É esse o fato, eu tenho, desprezo, sofro e faço sofrer.
É a triste verdade, é a desprezível realidade, eu não quero mais, acho que nunca quis, e toda essa culpa de estar errando me corrói..
Eu me sinto tranquila as vezes, tensa a maior parte do tempo..
Eu preciso de espaço, preciso de ar, preciso de amigas, preciso..
ahh.. eu preciso de mim..
Eu sou egoísta, prefiro o 'eu' ao 'nós', isso é a verdade, e eu não quero ter que abrir mão da liberdade de ser eu, pra ser algo que eu não queira..
É.. eu acho que eu não quero mais, nem nunca quis, mas eu preciso pensar, tenho medo do fim e das consequências.. malditas consequências..

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A Carta

Pedro,

Eu sempre quis te escrever uma carta, te dizer tudo que eu tenho engasgado aqui, tudo o que eu quis te dizer, e não tive coragem, não tive oportunidade ou não quis.
O fato é que o jeito que terminamos foi triste, porque eu queria ter acabado com tudo, não queria ter de novo a sensação de que você não me queria, nunca me quis.
Eu só queria dizer que depois da primeira vez que você me deixou, eu não sofri pelos motivos, sofri pelo fim, e eu chorei, muito, e mesmo assim te perdoei, e fui incapaz de te dizer a dor que causastes..
E a segunda vez que me deixou, realmente senti raiva e torci pela sua desgraça, eu deveria te odiar, muito, mais do que todos que já tocaram meu coração e o deixaram em pedaços, mas não, eu sou burra o bastante pra continuar te amando em silêncio, como se não me importasse mais..
E agora, te vejo com ela, tão feliz, tão.. apaixonado, você a ama, como nunca conseguiu se convencer que me amava..
E isso é ruim, porque chega a parecer que eu era a errada em esperar que você gostasse de mim, e se importasse comigo, eu sou sua amiga, a idiota que te dá conselhos pra fazer com que ela goste ainda mais de você..
Eu sou uma burra, de continuar te amando, e sonhando com você, esperando o dia em que você vai perceber que eu estive aqui o tempo todo, e você sofreu muito longe de mim..
Mas caro Pedro, tudo que eu espero é o dia em que você querer voltar pra mim, aí você vai perceber, que eu era burra o bastante pra continuar te tratando bem, mas que não sou estúpida ao ponto de continuar te esperando.

,Sophia


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Em breve mais Sophia e Pedro (e daí que é o que aconteceu antes da carta?)